quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Troika satisfeita...


Os chefes da missão da 'troika' em Portugal afirmaram, esta quarta-feira, estar muito satisfeitos com o trabalho realizado e consideraram que o sector privado deve seguir o exemplo do público e aplicar "reduções sustentadas" nos salários. Enalteceram o compromisso do Governo com o programa, mas também do PS com os seus principais pontos.Com um governo destes e uma oposição destas quem melhor para granjear os louros da Troika, pela aplicação firme de medidas de austeridade? É visível um divórcio cada vez maior entre o povo e o governo. As medidas que apresentam não têm em consideração o país real. Não tem justiça social. Não obedecem a princípios de equidade. Favorecem os mais ricos e poderosos... são injustas. Porém, a nossa economia definha, e sem querer ver o que é óbvio e o que grassa em toda a Europa seguem felizes e contentes com este género de políticas.

12 comentários:

  1. Primeiro: sem o pedido de ajuda e sem a resposta positiva ao mesmo, o nosso Estado colapsava e deixava de respeitar compromissos assumidos;
    Segundo: consolidar o crónico deficit orçamental e reduzir o endividamento, já quase nos 100% do PIB;
    Terceiro: Cumpridos os depois primeiros itens, promover uma agenda para um crescimento sustentado, o qual passa pelo apoio ao investimento externo, pela recapitalização dos bancos, por um programa de privatizações audacioso e pela Reforma do Poder Local, ínsita no célebre Documento Verde.
    Feito então este conjunto de acções e realizados alguns ajustamentos que se revelem necessários, estaremos, por volta de 2013, aptos a seguir em frente, mais capazes e aptos de gerir o nosso próprio destino e integrados na Comunidade Europeia.
    Quanto ao resto, deixa falar...é conversa para alimentar folclore...

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  2. A questão aqui levantada tem mais a ver com o método do que propriamente com o conteúdo, sobretudo no que respeita à salvaguarda de princípios de justiça e equidade social em prol dos mais desfavorecidos e necessitados....

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  3. Bem nesse especto tens alguma razão...mas que métodos e formas de actuar se podem implementar, diferentes dos actuais, quando a "velha esquerda conservadora" critica tudo e todos. Nenhum Governo lhe serve e todas as propostas de intervenção politica, social e económica que são apresentadas merecem sempre a sua sistemática oposição. Então o melhor a fazer é o Governo seguir o seu próprio caminho no escrupuloso cumprimento do programa eleitoral que apresentou aos portugueses e no cumprimento do Memorando de Entendimento que os socialistas assinaram com a "Troika" mas a que o PSD igualmente se vinculou.

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  4. Na vida como em tudo não podemos ver as coisas duma maneira maniqueísta, divididas apenas entre o bom e o mal entre o certo e o errado. No entanto, haverá alguns cuja autoridade moral se vai esfumando com o passar dos tempos. Há necessidade de austeridade? Sim. Há que fazer ajustamentos? Sim. Agora é importante que não seja de uma forma discricionária e lesiva dos interesses dos mais desfavorecidos, que de uma maneira geral são representadas pelas camadas mais baixas da nossa população. Acresce ainda que as eleições ganhas com base na mentira em nada favorecem a credibilidade deste governo, quando desta forma faziam juras de eterno amor ao dialogo, à paz social e ao dialogo.Passados poucos meses, o que verificamos é a decepção dos costume. Memorandos... troikas... políticos são como referia António Aleixo: uma porca onde cada um mama onde quer!

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  5. Infelizmente só há um caminho...ajustar e cumprir compromissos assumidos. Viver à custa do endividamento não dura infinitamente...é tempo de equilibrarmos as nossas contas públicas. Depois virão outros tempos...agora é tempo, como disse, de ajustar, reformar e cumprir...

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  6. Lamento desapontar-te, mas de facto existe outra via. Os fins nem sempre justificam os meios. A ser como dizes, basta olhar para a Grécia. O que se vê é desespero, desemprego, destruição .... Como dizia Jorge Sampaio "existe vida para além do deficit". Os ajustes, as reformas e o cumprir de que falas não podem, nem devem ser feitos a qualquer preço, sob pena de nos acontecer exactamente como aconteceu na Grécia. Mais, dados entretanto divulgados apontam para uma recessão de 3,2% e um desemprego de 14%. Assistimos, nesta ânsia reformadora, à destruição do nosso tecido produtivo e da classe média.Para agravar o problema agora sem a almofada da Europa que entrou numa espiral de decadência.

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  7. Essa frase do Dr Jorge Sampaio é um dos maiores embustes a que já assisti em politica...em nossas casas, se experimentarmos gastar mais do que aquilo que arrecadamos, das três uma: temos de ir às poupanças; pedir emprestado ou, então, reduzir gastos, Portugal chegou à terceira hipótese e não tem alternativa... por outro lado, a consolidação orçamental em curso é precisamente para evitar cairmos na situação da Grécia...

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  8. Uma pergunta então. Porque é que o processo na Grécia está a correr mal?

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  9. Está a correr mal porque eles não conseguem fazer a sua consolidação orçamental, isto é, gastar anualmente somente aquilo que arrecadam como receitas, dos impostos, de capital,etc. Habituados a viver à custa dos muitos empréstimos exteriores que financiavam os seus consecutivos deficits públicos, estão agora com dificuldades em se adaptarem ao programa de ajustamento que lhes é imposto por força do seu pedido de ajuda. Daí os mercados continuarem a penalizá-los. Serve de exemplo a Portugal... se corrigirmos o caminho do endividamento, a confiança dos mercados retoma o que nos permite financiamento normal em termos correntes sem os condicionamentos decorrentes das imposições da "Troika"...meu, desculpa lá qualquer "coisinha", nada é contigo mas sabes do que se trata...

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  10. Venho, por este meio, desejar a todos um Santo Natal e um Bom Ano Novo, com Saúde, Trabalho e muita Esperança...que os vossos propósitos para 2012 se consigam materializar...Festas Felizes!...

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  11. Obrigado Pinho. Votos sinceros de Festas Felizes...

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  12. Rocha...então o "blogg" não mexe...está ficar muito "mortiço"...como se pode fazer oposição sem garra e determinação...isto precisa de agitação...precisa de afirmações e do seu contraditório...

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