sábado, 26 de novembro de 2011

A Bola ...

Falava aqui há dias em desnorte do governo, das atitudes contraditórias entre membros do governo, na ânsia de obter protagonismo e afirmar conhecimentos. Pois bem. O Orçamento de Estado para o próximo ano tem sido pródigo em incidentes que fundamentam a minha tese.O OE 2012 é economicamente irrealista, eticamente reprovável e viola a Constituição. Inicialmente prevista uma recessão de 2,8%, depressa foi elevada para os 3%. Depois vieram as questões das almofadas. Importava saber se havia ou não possibilidade para atenuar o impacto social de algumas medidas. Com fundamento numa base irreal e uma folga de 4 mil milhões, foram previstas pelo PS, a manutenção do IVA nos restaurantes e a manutenção dos subsídios de férias e de Natal para os FP. Inicialmente admitidas tais medidas, facilmente foram deixadas cair assim como caíram também as expectativas em torno da manutenção de tais subsídios durante o próximo ano. Certamente ajuizando o impacto destas questões na economia real e os constantes apelos do Presidente e de outros senadores, lá voltou a possibilidade de tal se verificar novamente. Agora a bola está no lado do governo, ora do lado do PS. O facto é que entre o chutar das bolas dum lado para o outro temos um povo real, um desemprego crescente, dificuldades acrescidas,revolta. Está seguramente em causa a coesão nacional. As pessoas não se revêem nestas medidas que dificilmente acham justas e com sentido de equidade. Por isso mesmo é com relutância que vêem a sua aplicação, senão mesmo a sua eficácia. O ministro elogia os Funcionários Públicos. Cavaco apela à concertação social. Seguro dá uma mão ao governo, devido ao sentimento de culpa dos desastrosos anos de Sócrates. Os buracos eram colossais. Juntem-lhe agora as questões internacionais, as europeias, as americanas e aqui está. Assim dificilmente poderemos ir mais longe. Aliás ficamos por aqui ....

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