Entre facturas referentes a
tampões higiénicos, artigos de mercearia, massagens e cintos de crocodilo e
Audis topo de gama, assim vão os fait divers da política nacional. Não que não
seja interessante analisar os porquês destas situações. Sim é claro. No entanto
o país real, vê-se assim relegado para planos inferiores. Uma coisa é certa, é
a estes que cabe escolher ... e por ironia do destino é a eles que cabe pagar.
Importa a tomada de consciência cívica de uma intervenção activa na vida
política nacional. A abstenção... o deixa andar... o desinteresse ... e ainda
"eles que se amanhem" acaba com este género de coisas, onde as
decisões são tomada à nossa revelia, sem expressarem o profundo sentir das
pessoas e as suas necessidades. Estamos entregues a tecnocratas que decidem com base em estatísticas e números.
Vivemos um momento difícil e
extremamente complexo. A sociedade de hoje busca respostas que velhos
paradigmas já não atribuem respostas necessárias.
As relações sociais, a vida em
comum do homem com o meio, o Estado, a democracia, o papel do cidadão e tantos
outros temas remetem-nos, indubitavelmente, para uma série de pensamentos aparentemente descoordenados
e sem nexo. Muitas vezes o que pareceria indissociável surpreende pela ligação.
Estamos diante de uma crise, uma crise de civilizações com consequências inimagináveis.
Vale a pena lembrar Capra... As
últimas décadas de nosso século vêm registando em estado de profunda crise
mundial. É uma crise complexa, multidimensional, cujas facetas afectam todos os
aspectos de nossa vida – a saúde e o modo de vida, a qualidade do meio ambiente
e das relações sociais, da economia, tecnologia e da política. É uma crise de
dimensões intelectuais, morais e espirituais; uma crise de escala e premência
sem precedentes em toda história da humanidade.

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