A união dos portugueses neste cenário de crise é impossível com «medidas
injustas, violentas, iníquas e discriminatórias entre portugueses,
violadoras do princípio da equidade fiscal», defendem os juízes na carta
aberta dirigida à presidente e a todos os deputados da AR.Os magistrados apelam assim a que o Orçamento do Estado seja aprovado «em obediência aos princípios constitucionais» e garantem aos cidadãos «que tudo farão para que a Justiça e os tribunais continuem a ser o último garante de controlo do abuso de poder e de protecção dos direitos fundamentais dos cidadãos contra interesses do Estado contrários à ordem jurídica».
Fomentando a divisão, num atropelo das elementares regras de equidade social, o resultado de tudo isto só pode ser um de dois: o agudizar da situação ou a conflitualidade. Levadas ao desespero não restará a muitas pessoas, sem casa para habitar, sem pão para dar aos filhos, sem sonhos, sem nada, o de levar a sua indignação ao extremo. Sem a orientação credível duma oposição sem sindicatos fortes e disciplinadores que possam balizar e controlar as revoltas sentidas desta gente, ficará aberto o campo para o óbvio: violência. A não ser verdade isto que aqui referi, com mágoa minha, vejam o que acontece na Grécia. É o tudo por tudo, ou melhor, o salve-se quem poder. Escudados na bunomia do nosso povo muito se tem feito e abusado. No entanto a paciência tem limites. Cuidado....
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