É muito natural que com o agudizar da crise venha a subir o tom da crítica às opções do Governo em nome duma gestão criteriosa dos dinheiros públicos. Este escrutínio popular parece-me saudável pois, muitas vezes, evidencia o carácter discricionário de muitas das medidas adoptadas. Medidas essas que dão até sinais contraditórios. Quero eu dizer. Não se pode pedir austeridade a uns enquanto outros estão livres de qualquer penalização. Enquanto uns fazem contas aos parcos tostões que lhe restam e outros passam incólumes a qualquer perturbação.Impávidos e serenos. Deveria pois ser mais criteriosa a distribuição da riqueza, por forma a moralizar a sua aplicação. Um exemplo disto veio hoje a público pela mão do Correio da Manhã. Os nossos deputados tiveram em 2010 um orçamento de 3 milhões de euros para ajudas de custo. Sensacionalista? Pois bem. Se andam a preocupados, retirando aos funcionários públicos, aos pensionistas e reformados, vencimentos e subsídios percebem agora aonde é que eu queria chegar. É injusto que se deslapide o erário público com verbas desta ordem de grandeza. É imoral... Recordo há algum tempo atrás ter-se falado muito na diminuição dos deputados. Alguém ouviu mais alguma coisa?

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