Permitam-me que transcreva aqui um pequeno excerto dum texto de Nicolau Santos publicado no Expresso.
«Até 2013, a generalidade dos trabalhadores portugueses por conta de
outrem vai perder entre 40% a 50% do seu rendimento e todos os seus
activos (casas, poupanças, etc.) vão sofrer uma desvalorização da mesma
ordem de grandeza. Pergunto: alguém pensa que isto se fará de forma
pacífica? Alguém pensa que o bom povo português aceitará mansamente este
roubo? Alguém pensa que assistiremos bovinamente a este assalto?
Repito: entre 2011 e 2013, o Governo toma medidas que lhe permitirão
confiscar metade do que ganhamos hoje. É deste brutal esbulho que
falamos e que está ao nível de decisões idênticas tomadas por governos
da América Latina nos anos 80. É isto que está por trás da proposta de
lei do Orçamento do Estado para 2012 e das decisões que o Governo já
tomou em 2011. É sobre os escombros resultantes desta violentíssima e
muito rápida pauperização da generalidade dos trabalhadores e quadros
médios e superiores, públicos e privados, bem como dos reformados e
pensionistas, que o ministro das Finanças espera que Portugal triunfe
“como economia aberta e competitiva na Europa e no mundo” no final do
programa de ajustamento. Faz sentido?
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